Gestação Canina – As Dicas de Cuidados
A gestação em cadelas é um tema que gera muitas dúvidas nas pessoas, principalmente quantos aos cuidados que necessários nessa fase tão delicada. Embora a fisiologia da reprodução seja bastante semelhante à dos seres humanos, o início da vida reprodutiva, bem como o tempo de gestação, são bem diferentes nas cadelas.
As fêmeas têm seu primeiro cio por volta dos 6 – 8 meses de idade (raças grandes demoram mais para ter o 1º cio), podendo variar de 2 a 4 cios por ano dependendo da raça. No entanto, a maturidade sexual, ou seja, a fase mais adequada e segura para realizar cruzamentos é a partir do 3º cio, evitando transtornos durante a gestação.
É importante tomar todas as precauções ao se decidir reproduzir seu animal: não realizar cruzamento consanguíneo (acasalar animais da mesma família), verificar histórico de doenças genéticas na linhagem, realizar exames de rotina previamente para garantir a sanidade dos animais.
O período de gestação da cadela varia entre 58 e 64 dias, podendo ser antecipado se a ninhada for maior. Sabendo os dias em que houve cruzamento é possível prever a data do parto, e tomar os devidos cuidados com a fêmea e preparar o ambiente para a chegada dos filhotes. O diagnóstico da gestação poderá ser realizado por um veterinário através de ultrassonografia a partir do 45º dia. Nos últimos dias é possível realizar raio X para confirmar a quantidade de filhotes.
Cuidados básicos
Para uma gestação tranquila, e futuros filhotes saudáveis, é importante vermifugar a fêmea antes do cruzamento. Se o acasalamento foi um imprevisto, é possível administrar 2 semanas antes do parto.
Durante a gestação, as necessidades nutricionais da fêmea irão mudar. Além de aumentar a quantidade de alimento, é preciso fornecer ração rica em cálcio para auxiliar na formação dos bebês. O mais comum nesse caso é fornecer ração de filhotes a partir do 20º dia até 1 mês após o desmame. Isso garante uma ninhada saudável, favorece a descida do leite, melhora a recuperação da fêmea após o desmame e previne a hipocalcemia da gestação (eclampsia).
Faltando uma semana para o parto, é importante criar um ambiente seguro para este momento. A fêmea precisará de um ninho seguro de frio e chuva, preferencialmente sem muito barulho que possa estressá-la durante o parto. Recomenda-se o uso de caixa de papelão, jornal picado ou um pano.
No geral, o instinto será grande aliado durante o parto. A bolsa irá se romper (liberando um líquido transparente), e em cerca de 6 horas nasce o primeiro filhote. A fêmea irá expelir os bebês, limpar um por um e comer a placenta. O ato de lamber os filhotes é também uma forma de estimular a respiração. Se a fêmea estiver com dificuldades para fazer isso, ou o filhote não estiver respondendo, é possível ajudá-la: enrole o filhote em uma toalha e esfregue-o vigorosamente na região do tórax. Incline sua cabecinha para baixo, por curtos intervalos, para auxiliar a drenagem de líquido dos pulmões. Quando o filhote voltar a respirar, devolva-o para a mãe.
Hipocalcemia/Eclampsia
Como já mencionado, uma das complicações que acometem fêmeas nesse processo é a eclampsia, mais conhecida como “febre do leite”. Trata-se de uma doença metabólica ao final da gestação, decorrente de um distúrbio no aporte de cálcio. Perda de cálcio pelo leite, deficiência de cálcio na alimentação e alterações hormonais (paratormônio) são alguns dos fatores predisponentes neste caso.
A lactogênese é a fase em que a glândula mamária se prepara para a produção de leite. Durante esse processo, as células começam a se diferenciar e produzir seus componentes. Se a alimentação não estiver suprindo as necessidades de cálcio, este é ”retirado” dos ossos pelo organismo para a lactogênese.
Nessa rápida produção nos últimos dias de gestação, ocorre um aumento na transferência de cálcio do sangue para o leite. Quando a fêmea não responde bem a essa demanda, ultrapassando a capacidade de retirada de cálcio ou de suplementação alimentar, começa a apresentar um quadro de paralisia muscular. Isso ocorre devido ao papel do cálcio nas transmissões nervosas nos músculo. Então, ao final da gestação, quando aumentam as contrações musculares devido ao parto, ocorre um consumo exagerado de cálcio, causando um desequilíbrio.
Sinais clínicos: inquietação, tremores musculares, dificuldade na movimentação (fraqueza muscular), locomoção rígida, abandono dos filhotes, podendo evoluir para quadros convulsivos e morte.
Diagnóstico: embora a dosagem sérica de cálcio seja a melhor forma, nem sempre é tão prático. Por isso a avaliação se dá através do histórico do animal (tempo de gestação, alimentação) e os sinais clínicos, tratando o animal antes mesmo do resultado da dosagem.
Tratamento: suplementação de cálcio intravenoso ou via oral, conforme a determinação do médico veterinário.
A melhor forma de prevenir a eclampsia é o correto manejo durante a gestação. A fêmea deve ser alimentada com ração para filhotes, pois é rica em cálcio. A suplementação deve ser administrada segundo a indicação do médico veterinário, com produto de qualidade, e na medida recomendada.
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