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Meu pet está obeso, e agora? 

A obesidade, que antes não era vista como uma doença, hoje vem recebendo cada vez mais atenção na medicina veterinária. Assim como em seres humanos, a obesidade pode contribuir com diversas complicações de saúde, prejudicando a qualidade de vida dos animais.

Embora possa haver influência de doença metabólica envolvida em alguns casos, a obesidade é um distúrbio nutricional, e o proprietário tem papel central no manejo e recuperação do animal. Para entender melhor é preciso analisar os fatores envolvidos no desenvolvimento dessa doença.

 

Fatores endógenos

Idade: em animais idosos ocorre uma queda do metabolismo, redução de atividade física, diminuindo o gasto calórico e tornando-os mais propensos à obesidade.

Assim como em humanos, há casos na veterinária de predisposição genética, identificado principalmente em determinadas raças como Labrador, Golden Retreiver e Buldog, por exemplo.

O sexo exibe importância, sendo a obesidade mais comum em fêmeas em função da menor concentração de hormônios androgênicos (hormônios masculinos), que leva a um metabolismo mais lento que o dos machos, propiciando a obesidade.

Problemas endócrinos como hipotireoidismo, hiperadrenocorticismo, e outros têm papel no desenvolvimento da doença em função dos distúrbios hormonais, que alteram o metabolismo natural do animal.

A castração é um dos fatores mais associados à obesidade de machos e fêmeas. Na realidade, o procedimento interfere na produção de hormônios, resultando em uma mudança geral no comportamento do animal, que tende a tornar-se mais sedentário.

 

Fatores exógenos

A dieta e a atividade física são dois fatores fundamentais no controle da obesidade. O animal precisa seguir uma dieta proporcional à atividade física desempenhada em sua rotina. O consumo excessivo de alimentos calóricos, petiscos e aditivos não apenas contribuem com aumento de peso, como também podem prejudicar a saúde dos pets.

O uso de medicamentos que possuem a estimulação do apetite como efeito colateral também é uma das causas.

E, por fim, o estilo de vida do animal. Apesar de todos os fatores anteriormente citados, existe a questão da personalidade individual, e de condições como estresse e rotina como um todo.

 

Como identificar se o animal está obeso

O primeiro passo é realmente conhecer seu animal, desde sua estrutura física aos hábitos que ele tem no dia a dia. Saber a estrutura normal do animal facilita na identificação de problemas de saúde. Se tratando de cão ou gato oriundo de canil/gatil é ainda mais fácil: conhecer a linhagem genética desenvolvida pelo criador, e visualizar o porte dos animais já oferece uma ideia de como seu pet deve ser.

Entender a importância da nutrição adequada ao animal é essencial. Cada indivíduo tem sua necessidade segundo o estilo de vida, e isso deve ser respeitado.

Por exemplo, um gato castrado diminuirá seus passeios externos, pela influência nos hormônios que o instigavam a marcar território ou procurar um parceiro. Com isso, ele passa a ser mais caseiro, sedentário, e com menor atividade física diária.

A castração, ou qualquer influência interna ou externa que altere suas funções metabólicas deve ser levada em consideração ao determinar uma dieta a ser seguida.

O animal não pode ingerir mais caloria do que irá gastar. Verifique a quantidade ideal de alimento que deve ser fornecido no verso das embalagens de ração. Caso você alimente seu cão com dieta caseira e/ou natural, siga rigorosamente as quantidades que o Médico Veterinário indicar.

 

As consequências da obesidade

O aumento do peso pode gerar problemas diversos no organismo do animal. No geral, os primeiros sinais observados estão relacionados as alterações do comportamento. Observa-se diminuição da atividade física, acompanhado de problemas articulares, e até mesmo com aumento do comprimento das unhas (pela falta de atividade e consequente desgaste).

Problemas respiratórios e cardíacos ocorrem de forma similar ao homem, com desenvolvimento de doenças cardiovasculares, e intolerância a exercício devido à má oxigenação dos tecidos em excesso.

A obesidade gera um desequilíbrio nos índices de insulina e glicose, provocando uma hiperinsulinemia, cuja persistência pode levar ao desenvolvimento de diabetes mellitus.

 

O melhor tratamento

O manejo nutricional é o fator chave no tratamento da obesidade. Todas as causas citadas envolvem uma alteração no metabolismo relacionada ao estilo de vida ou a uma condição predisposta. Em todos os casos, o proprietário deve entender a necessidade de uma dieta balanceada, contendo os nutrientes nas quantidades e proporções corretas conforme o  porte, raça ou condições individuais do seu pet, sempre seguindo as orientações do médico veterinário.

Sem o esclarecimento veterinário o proprietário não entenderá a dimensão do problema que é a obesidade, e dificilmente aplicará de forma eficiente o protocolo de emagrecimento do seu pet.

Estimular a atividade física faz parte da recuperação do animal. Passeios, brincadeiras, e enriquecimento ambiental (no caso dos gatos) beneficiam não apenas o condicionamento físico, mas geram também estímulos sensoriais e hormonais que promovem o bem estar e uma melhor qualidade de vida.

 L-Carnitina como aliada ao tratamento

Além do manejo nutricional, é possível utilizar suplementação que auxilie no controle de ganho de peso. A  L-Carnitina é uma substância que age diretamente no metabolismo da gordura, contribuindo com sua queima. Apesar de ser produzida em pequena quantidade pelo organismo, a L-Carnitina está presente em alguns alimentos de origem animal.

O uso da suplementação com L-Carnitina traz inúmeros benefícios não apenas aos animais obesos, mas também aos cães atletas devido a sua ação vasodilatadora que favorece a contração cardíaca. Em gatos obesos, notou-se que a L-Carnitina auxiliou na prevenção da Lipidose Hepática Felina Idiopática e da Cetose.

O suplemento Pet Slim, produzido pela Vansil Saúde Animal, é o produto mais indicado na terapêutica da obesidade. Contendo L-Carnitina em sua fórmula, Pet Slim é indicado como auxiliar na manutenção do peso ideal em cães e gatos.

Além da L-Carnitina, o Pet Slim conta ainda com duas outras substâncias: cromo, que auxilia no metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídeos; e glicina, que contribui com a produção de energia e contração muscular.

 

Etiologia, consequências e tratamentos de obesidades em cães e gatos – revisão (Ana Luiza neves Guimarães, Eduardo Alberto Tudury)

http://www.scielo.br/pdf/cr/v44n11/0103-8478-cr-44-11-02039.pdf

 

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