As doenças parasitárias causadas por vermes são bastante comuns em animais domésticos, principalmente aqueles que têm acesso à áreas externas. Cães e gatos habituados a passear e explorar jardins, parques e canteiros (que na maioria das vezes são visitados por muitos animais), estão expostos às diversas doenças em que o ambiente faz parte do processo de transmissão.
Por essa razão, a vermifugação deve estar sempre em dia, não apenas pelo cuidado com seu pet, mas também pela importância na saúde dos seres humanos. Muitas das doenças parasitárias são também zoonoses, ou seja, transmissíveis ao homem e motivo de grande preocupação para saúde pública. Vale lembrar que mesmo pets que não tem acesso à rua devem ser vermifugados, pois muitos deles já vêm infestados de suas ninhadas.
A quantidade de parasitas que podem infectar os animais é extensa, mas cabe citar algumas das mais importantes no que se refere ao cuidado de animais domésticos e saúde pública.
Toxocaríase
O causador da doença em cães é nematódeo Toxocara canis, e em gatos é o Toxocara cati e Toxocara leonina.
A transmissão se dá principalmente através do contato com fezes infectadas por ovos do parasita. O animal ingere acidentalmente os ovos, que irão eclodir no intestino delgado e iniciar um ciclo de migração das larvas para pulmões e coração. Através da circulação sanguínea, as larvas irão atingir outros órgãos, disseminando por todo o organismo.
Outra forma de transmissão é por via transplacentária (na gestação) ou através da amamentação.
Os sinais clínicos incluem diarreia, distensão abdominal, desidratação. Tosse e quadro de pneumonia na fase pulmonar.
O diagnóstico é feito através do exame de fezes para detecção de ovos, e biópsia para localização de larvas migratórias.
Em humanos, a toxocaríase se apresenta de duas formas:
- Visceral: mais comum em crianças de 1 a 5 anos, apresentando sintomas como febre, anemia, pneumonia, manifestações cutâneas (bicho geográfico).
- Ocular: mais comum a partir dos 6 anos de idade, apresentando estrabismo, intensa vermelhidão ocular, diminuição da qualidade visual.
Ancilostomose
Os causadores são Ancylostoma caninum, Ancylostoma brasiliensis e Ancylostoma tubaeforme.
A transmissão ocorre por ingestão de larvas no ambiente, com o desenvolvimento do parasita no intestino delgado. Outra forma é a penetração ativa na pele do animal, caindo na circulação sanguínea, e alcançando pulmões. Através da tosse, a larva é deglutida e cai no intestino delgado.
Os sinais clínicos mais presentes são anemia, prostração, diarreia, perda de peso e dificuldade respiratória.
O diagnóstico é feito através do histórico do animal, sintomas, e exames de fezes.
Conhecida também como “amarelão”, nos humanos a doença apresenta sinais respiratórios (tosse e pneumonia), gastrointestinais (cólicas, náuseas e hemorragias, que podem evoluir para anemia).
Dipilidiose
O causador é o Dipylidium caninum.
As pulgas fazem parte do ciclo biológico do parasita. Elas ingerem os ovos D. caninum presentes nas fezes de animais infectados, e se tornam hospedeiros intermediários. Dessa forma, a transmissão no cão se dá através da ingestão de pulgas infectadas no ato de se coçarem ou se lambarem. As larvas irão parasitar e se desenvolver no intestino delgado.
No geral, a presença do verme no organismo do animal não gera sintomatologia aparente, a não ser em infecções maciças, onde os sinais clínicos mais comuns são diarreia, anorexia, perda de peso e prurido anal (animal arrasta o bumbum no chão).
O diagnóstico pode ser feito através da avaliação física e dos sintomas relatados pelo proprietário. Exame de fezes ou avaliação visual das mesmas, identificando a presença do parasita (aspecto de grão de arroz), são indicativos da infestação.
Em humanos a dipilidiose é mais comum em crianças, por ingerirem acidentalmente pulgas contaminadas. Dentre os sintomas apresentados, temos perda de apetite, cólicas, diarreia e prurido anal.
Tratamento das verminoses
Grande parte dos das doenças parasitárias possuem medicamentos para seu tratamento disponíveis no mercado, e o médico veterinário é o profissional com conhecimento técnico para orientar quanto ao melhor princípio ativo de acordo com a infecção, e a periodicidade da vermifugação, além de exames periódicos para avaliar a existência de parasitas em seu pet.
Segue abaixo os protocolos de vermifugação para cães e gatos.
CÃES E GATOS
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1ª dose
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30 dias de vida
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2ª dose
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15 dias após a 1ª dose
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3ª dose
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15 dias após a 2ª dose
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Após a 3ª dose
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No mínimo três vezes ao ano.
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Fêmeas gestantes
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Antes de cruzar, e com 45 dias de gestação.
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A Vansil Saúde Animal possui dois produtos indicados para o tratamento e prevenção das principais verminoses que acometem cães e gatos.
O Top Gard e o Top Gard Puppy (novos nomes dos antigos produtos Dau Verme Comprimidos e Dau Verme Suspensão), são compostos pelos princípios ativos Praziquantel e Pirantel (os mais utilizados no mercado veterinário), e o adicional da essência de carne, que proporciona um gosto agradável ao cão, facilitando a administração do medicamento. O Dau Verme é indicado para cães e gatos, no tratamento de doenças causadas pelos principais vermes de importância veterinária.
O Top Gard Plus (novo nome do produto Pet Tel), composto por Praziquantel, Pirantel e Febantel, proporciona uma proteção ainda maior com este terceiro princípio ativo. Indicado para cães e gatos, o Top Gard Plus corresponde ao tratamento ideal para uma gama ainda maior de verminoses.
Fonte: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/vigilancia_em_saude/controle_de_zoonoses/lab_zoonoses/index.php?p=5804